-->
Colega, se tem uma coisa que a pandemia deixou claro é que a telemedicina veio pra ficar. Não é modinha, não é gambiarra – quando bem estruturada, ela se torna uma ferramenta clínica poderosa. Mas montar um fluxo que funcione de verdade exige mais do que apenas abrir o Zoom e torcer para a internet não cair.
Antes de sair atendendo por vídeo, precisamos falar sobre o óbvio que muitos ignoram: a regulamentação. O CFM tem regras claras sobre telemedicina (Resolução 2.314/2022), e pular essa etapa é pedir para ter dor de cabeça. Você precisa de:
Falando nisso, plataforma não é tudo igual. O ClínicaWork, por exemplo, já nasceu com módulo de telemedicina integrado ao prontuário – o que resolve metade dos problemas burocráticos automaticamente, já que tudo fica registrado no mesmo lugar.
Na teoria, telemedicina parece simples: paciente marca, você liga a câmera e pronto. Na prática, são pelo menos 7 etapas que precisam ser desenhadas com cuidado:
Quando uso o ClínicaWork aqui na clínica, o paciente já sai da vídeochamada com tudo isso resolvido – receita no e-mail, próxima consulta agendada e exame marcado se necessário. E o melhor: sem aquela papelada maluca que sempre some.
1. Achar que qualquer internet serve: Depois da terceira consulta travando no meio, aprendi a lição. Agora temos link dedicado de 100MB só para telemedicina. Paciente com internet ruim? Oferecemos a opção de atendimento por telefone como plano B.
2. Ignorar a experiência do paciente: Mandei um tutorial genérico de "como entrar na consulta" e achei que bastava. Resultado? 30% dos pacientes perdiam os primeiros 10 minutos só para conectar. Solução: vídeo personalizado mostrando exatamente o passo a passo no nosso sistema.
3. Não treinar a equipe: Minha secretária ficava me passando recado durante as consultas porque não sabia filtrar emergências reais. Criamos um protocolo claro de interrupções e treinamos todo mundo.
Além da plataforma de telemedicina em si (que no nosso caso é o módulo integrado do ClínicaWork), tem alguns recursos que fazem diferença no dia a dia:
Um detalhe que poucos pensam: a estação de trabalho física. Montei um setup com duas telas – uma para a vídeochamada e outra para o prontuário – mais microfone profissional e ring light. Parece bobagem, mas a diferença na qualidade do atendimento é absurda.
Por mais que a gente queira, alguns casos simplesmente não funcionam no digital. Minha regra prática:
Para esses, mantenho horários reservados no consultório físico. O segredo é triar bem na hora do agendamento.
O próximo passo que estou implementando é a telemedicina assíncrona para follow-ups simples. O paciente manda vídeo ou fotos da evolução (com feridas, edemas, etc.) pelo portal seguro, e eu respondo em até 24h. Cobro como orientação, não como consulta, e resolve 80% dos retornos desnecessários.
Em resumo: telemedicina bem feita exige mais planejamento que consultório tradicional, mas quando o fluxo está redondo, a produtividade dispara. E o paciente agradece pela conveniência.