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Colega, vamos conversar sobre um tema que muitos de nós subestimamos até levar um susto: a segurança digital no consultório. Não é exagero dizer que nossos prontuários eletrônicos valem mais que ouro no mercado negro – e a LGPD deixou claro que a responsabilidade por vazamentos é nossa, não do "hacker" ou do "sistema".
Pense comigo: seu consultório armazena CPFs, endereços, históricos médicos, até dados bancários de planos de saúde. É um pacote completo para fraudes. E adivinha? Muitos de nós ainda usam senhas como "123456" ou anotam credenciais em post-it. Não julgo – já vi consultórios renomados com práticas de segurança piores que as do meu sobrinho de 12 anos.
O pior é que muitos colegas acham que basta ter um antivírus básico. Ledo engano. Roubo de dados hoje é sofisticado – phishing direcionado, ransomware que sequestra prontuários, até ataques a sistemas de agendamento online. Já atendi casos reais de médicos que tiveram consultas falsas agendadas com dados reais de pacientes.
Comece pelo básico que muita gente erra:
Um detalhe que passa batido: impressoras e dispositivos IoT. Já vi caso de invasão começando por uma impressora "inteligente" conectada à rede.
Aqui é onde sistemas como o ClínicaWork ajudam, mas a responsabilidade ainda é sua. Algumas práticas essenciais:
Um caso clássico: ex-funcionários com credenciais ativas meses após a demissão. Já pensou no risco?
Três verdades inconvenientes:
Seu protocolo de backup precisa ser:
A lei é complexa, mas na prática clínica alguns pontos são críticos:
Consentimento explícito virou obrigação, mas cuidado com formulários genéricos. Para compartilhamento com outros profissionais, pesquisas ou telemedicina, o consentimento deve ser específico.
Relatório de impacto é necessário para clínicas maiores – basicamente um documento mostrando como você protege os dados. Sistemas como o ClínicaWork costumam fornecer relatórios prontos para essa finalidade.
Notificação de vazamentos em até 72h – e aqui muitos se enrolam. Ter um protocolo definido (incluindo contatos da ANPD e modelo de comunicação aos pacientes) evita desespero na hora H.
Alguns absurdos que presenciei em consultórios:
O mais preocupante? A maioria desses médicos achava que estava "razoavelmente seguro".
Além de sistemas especializados como o ClínicaWork, algumas ferramentas são úteis:
Um detalhe: cuidado com "soluções milagrosas" de segurança. O básico bem feito resolve 90% dos riscos.
Vamos ser francos: a maioria de nós não tem tempo (ou expertise) para gerenciar segurança digital. Nesses casos, algumas opções:
Hospedagem em nuvem especializada (muitos sistemas como o ClínicaWork oferecem isso) pode ser mais segura que servidores locais – desde que bem configurada.
Consultoria especializada em saúde digital vale o investimento para clínicas maiores. Um pentest (teste de invasão) bem feito revela vulnerabilidades que você nem imaginava.
Em resumo: segurança digital não é mais opcional. É parte do nosso dever ético com os pacientes – tanto quanto o sigilo médico sempre foi. O diferencial é que agora precisamos entender minimamente de bits e bytes além de bioquímica.