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Colega, vamos conversar sério sobre um assunto que muitos de nós subestimamos até o dia em que a bomba estoura: o prontuário eletrônico. Não é só uma ferramenta de trabalho - é seu principal documento legal, sua defesa em processos, e o calcanhar de Aquiles de muitos CRMs. Já vi casos reais de colegas perdendo o registro por erros bobos no prontuário eletrônico que poderiam ter sido evitados.
O primeiro erro fatal? Achar que qualquer sistema serve. O prontuário precisa ter certificação digital válida, auditoria de acesso irrefutável e armazenamento em nuvem com backup automático. Sistemas como o ClínicaWork, por exemplo, foram desenvolvidos especificamente para atender às exigências do CFM e às normas de proteção de dados. Usar planilhas ou sistemas genéricos é pedir para ter problemas.
Deixar a recepcionista acessar o prontuário completo com seu login é um erro gravíssimo. Cada funcionário deve ter acesso restrito apenas ao necessário para sua função. O sistema deve registrar quem acessou o que e quando - e isso será crucial se houver denúncia de violação de sigilo.
Muitos não sabem: o CFM proíbe alterações no prontuário após 24 horas da criação do registro. Sistemas sérios como o ClínicaWork bloqueiam edições após esse período, permitindo apenas adendos claramente identificados. Alterar uma anamnese depois de receber uma notificação judicial? Isso já destruiu carreiras.
Se seu sistema não guarda histórico de todas as alterações com data, hora e usuário, você está numa fria. Em uma ação judicial, vão questionar cada vírgula modificada. O ideal é que o sistema mostre claramente o que foi alterado, como nos recursos de track changes do ClínicaWork.
Aquela "assinatura" que é só seu nome digitado não vale nada juridicamente. Você precisa de certificado digital ICP-Brasil válido ou, no mínimo, de assinatura eletrônica qualificada conforme a MP 2.200-2. Sem isso, seu prontuário pode ser questionado como "não autêntico".
Se seu prontuário só está salvo no computador da clínica, você está brincando com fogo. Roubo, incêndio, ransomware - qualquer um desses eventos pode apagar anos de registros médicos. O armazenamento deve ser em nuvem, com redundância e criptografia, como fazem os sistemas profissionais.
Prontuário desassociado de exames complementares é um problema frequente. O ideal é que o sistema permita anexar arquivos DICOM diretamente, com visualizador integrado, e que mantenha tudo vinculado ao mesmo registro do paciente. Já vi caso de médico condenado porque "perdeu" um exame importante que estava solto no sistema.
Copiar e colar anamneses é perigosíssimo. Já peguei prontuário onde o paciente "tinha diabetes" em três consultas seguidas... mas era só template mal feito. O CRM penaliza isso como "prontuário fraudulento". Templates devem ser personalizáveis e adaptados a cada caso.
Vou te contar um caso real (com detalhes alterados por confidencialidade): colega ortopedista foi acusado de não ter diagnosticado fratura em criança. O prontuário dele no sistema antigo não tinha registro da palpação específica da região fraturada. Resultado: condenação por negligência.
No mesmo mês, outro caso: pediatra usava ClínicaWork com checklist completo de exame físico. Mesmo com má evolução do paciente, o prontuário detalhado mostrou que todas as condutas adequadas foram tomadas no tempo certo. Arquivamento do processo.
A diferença? Um prontuário eletrônico bem estruturado força a coleta completa de informações e cria um registro irrefutável do seu raciocínio clínico. Isso não se improvisa - precisa estar no DNA do sistema desde o início.
Muita gente acha que o CRM só olha prontuário em denúncias, mas desde 2020 há fiscalizações ativas. Os principais pontos cobrados:
Sistemas como o ClínicaWork já nascem com esses requisitos implementados, mas se você usa outra solução, precisa verificar item por item. Já vi clínicas inteiras multadas porque o sistema permitia apagar consultas antigas.
A Lei Geral de Proteção de Dados trouxe exigências brutais para prontuários:
Sem um sistema profissional, cumprir tudo isso manualmente é impossível. Um vazamento de dados pode render multas de até R$ 50 milhões. E adivinha? O CRM também pune isso como infração ética.
Sei o que você está pensando: "Mas um sistema super seguro vai atrasar meu atendimento". Nem sempre. Ferramentas como o ClínicaWork mostram que dá para ter agilidade com segurança:
O segredo está em sistemas feitos por médicos para médicos - que entendem o fluxo real da consulta sem abrir mão dos requisitos legais.
Conheço veteranos que insistem em usar Word + pendrive + planilha. Até o dia em que:
Migrar para um sistema profissional dói no começo, mas é como trocar o estetoscópio velho por um novo - depois de uma semana, você não entende como trabalhava antes.
Se você está avaliando sistemas, não abra mão destes pontos:
Em resumo: seu prontuário eletrônico é tão importante quanto seu estetoscópio. Escolha com o mesmo critério - porque no dia do aperto, ele pode ser sua única defesa.