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Colega, vamos falar sério sobre o prontuário eletrônico e a LGPD. Não é só aquela burocracia chata que a gente finge que entende. Tem detalhes que, se ignorados, podem colocar seu consultório na mira da ANPD e ainda abrir brechas para processos. E olha, não adianta só instalar um sistema como o ClínicaWork e achar que está tudo resolvido.
Primeiro, esquece essa história de que prontuário é só seu. A LGPD deixou claro: os dados são do paciente, o documento é seu. Parece joguinho de palavras, mas faz toda diferença na prática. Você é o responsável por aquela informação, mas o paciente tem direitos sobre ela que vão muito além do que a gente imagina.
Já vi médico perder noite de sono porque achava que bastava ter senha no sistema. Não basta. Tem que ter registro de acesso, tempo de retenção definido, política de descarte... E aqui vai o primeiro ponto que quase todo mundo erra:
Você guarda prontuário por 20 anos e acha que está seguro? Depende. Código Civil diz uma coisa, CDC outra, e a LGPD ainda coloca novas camadas. Paciente pediu cópia do prontuário 5 anos após a consulta? Você tem que entregar. Mas e se ele pedir para apagar os dados? Aí começa o problema...
O ClínicaWork, por exemplo, tem ferramentas específicas para lidar com essas situações, mas muitos médicos nem ativam essas funcionalidades. É como ter um carro com airbag e não conectar os cabos.
Vou te contar um segredo: o prontuário eletrônico é só a ponta do iceberg. A LGPD exige que você documente TUDO relacionado ao tratamento de dados. Isso inclui:
E aqui tem um ponto crucial: sistemas como o ClínicaWork até geram esses relatórios automaticamente, mas se você nunca olhou ou não sabe onde estão, não adianta nada. Já vi caso de médico que só descobriu que a ex-funcionária acessava prontuários aleatórios dois anos depois. Na justiça, isso é considerado falha grave.
Conveniados pedindo acesso completo ao prontuário? Laboratórios querendo histórico completo? A LGPD mudou as regras do jogo. Agora, cada acesso de terceiro precisa ser justificado, limitado ao mínimo necessário e, em muitos casos, autorizado pelo paciente.
Um truque que poucos usam: configure seu sistema para que esses acessos gerem alertas. No ClínicaWork, por exemplo, dá para criar regras que avisam quando alguém de fora da clínica acessa determinados dados.
Vou te dar exemplos reais que já vi em consultórios:
1. A recepcionista que anota o celular do paciente em um post-it para "não esquecer de ligar depois". Isso é vazamento de dado pessoal.
2. O médico que tira foto da tela do prontuário para mostrar em um grupo de WhatsApp de discussão de casos. Mesmo sem nomes, se for possível identificar a pessoa, é violação.
3. O sistema configurado para mostrar a agenda completa na tela da recepção, com nomes de pacientes visíveis para quem está na sala de espera. Multa certa.
Primeiro, pare de achar que isso é problema do seu software. Sistemas como o ClínicaWork dão as ferramentas, mas quem configura e usa é você. Minha sugestão prática:
Em resumo: a LGPD transformou o prontuário eletrônico em um ativo que exige gestão ativa. Não basta ter, tem que provar que controla. E isso, colega, vai muito além de comprar um software bonitinho.