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Colega, se você ainda acha que prontuário eletrônico é só uma versão digital daquele monte de papel que a gente acumulava, preciso te dizer: você está perdendo um dos maiores avanços da medicina moderna. O PEP hoje é muito mais que um repositório de dados - é uma ferramenta ativa de trabalho, decisão clínica e até prevenção de erros médicos.
Pense no seguinte: quando você tinha aquela pasta física, quantas vezes deixou de pegar um histórico importante porque estava com pressa? Quantas vezes não conseguiu cruzar dados de exames antigos com os atuais? O PEP resolve isso de forma elegante, desde que bem implementado.
Depois de anos usando e estudando diversos sistemas (inclusive o ClínicaWork, que conheço bem), cheguei a alguns critérios essenciais:
Um erro comum é achar que sistema bom tem que ter mil funcionalidades. Na prática, o que funciona é o contrário: as melhores soluções são as que resolvem problemas reais do dia a dia sem complicação. O ClínicaWork, por exemplo, acertou em cheio quando focou em fluxos de trabalho intuitivos para médicos que não têm tempo (ou paciência) para cursos longos.
Esse é um ponto que muitos colegas negligenciam até levar um susto. Seu PEP precisa ter:
E aqui vai um alerta: sistemas que rodam na nuvem (como o ClínicaWork) costumam ser mais seguros que servidores locais, a menos que você tenha um time de TI dedicado. Acredite, a Microsoft gasta mais com segurança que seu hospital.
Um PEP isolado é como um estetoscópio sem diafragma. As conexões mais valiosas são:
Um detalhe técnico importante: prefira sistemas que usam APIs abertas em vez de integrações "por fora". Isso garante que as conexões continuem funcionando após atualizações.
Desde a pandemia, um bom PEP precisa ter teleconsulta integrada. Não estou falando só de videoconferência, mas de todo o workflow: agendamento online, prontuário compartilhável com o paciente, assinatura digital, etc. Sistemas como o ClínicaWork evoluíram rápido nisso.
Quantas vezes você precisou acessar um dado do paciente fora do consultório? Emergências, plantões, até aquela ligação do paciente no fim de semana. Um PEP decente tem que:
E atenção: "ter um app" não é suficiente. Precisa ser um app bem feito, estável e que não demore 5 minutos pra carregar cada tela.
Aqui está uma tendência irreversível: os pacientes querem (e devem) ter acesso ao próprio prontuário. Um bom PEP oferece:
Isso não é só "modernismo" - melhora adesão a tratamentos e reduz retrabalho da sua secretária respondendo perguntas básicas.
Antes que você pense que é ficção científica, já existem funcionalidades reais sendo usadas hoje:
O ClínicaWork, por exemplo, já usa algoritmos para sugerir diagnósticos diferenciais com base nos dados inseridos. Não substitui o médico, mas funciona como uma segunda opinião automatizada.
Depois de ver dezenas de colegas migrando (e às vezes remigrando) sistemas, aprendi que:
E o principal: o sistema tem que se adaptar ao seu fluxo de trabalho, não o contrário. Medicina já é complexa demais para ficar brigando com software.
Se você atende convênios, fique de olho na conformidade com o padrão TISS. E mesmo que não atenda, prefira sistemas que seguem padrões abertos - isso facilita futuras integrações e evita que você fique refém de um fornecedor.
Já ajudei várias clínicas nesse processo e vejo sempre os mesmos problemas:
Uma dica: comece com um grupo piloto antes de rodar na clínica toda. E reserve um tempo para ajustes - nenhuma migração é perfeita no dia 1.
Por fim, não podemos esquecer que por trás de todos esses bits e bytes está a relação médico-paciente. Um bom PEP:
Em resumo: o melhor PEP é aquele que você quase não percebe que está usando, mas que te dá todas as informações necessárias no momento certo, da forma certa. Como um bom instrumento cirúrgico - quando é bom, você esquece que está na sua mão e foca no paciente.