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Colega, vamos começar com o óbvio que muita gente esquece: prontuário eletrônico não é um sistema de gestão disfarçado. É uma ferramenta clínica primeiro, burocrática depois. Já vi muitos médicos escolherem soluções baseadas apenas em quantas notas fiscais ela emite, enquanto a funcionalidade clínica fica em segundo plano. Grave erro.
O PEP ideal precisa ter:
Te desafio a fazer um teste: pergunte ao seu fornecedor atual (ou ao que está cotando) sobre:
Se a resposta for vaga ou técnica demais, corra. Dados de pacientes não são negociáveis. Sistemas como o ClínicaWork, por exemplo, deixam claro desde o início a política de criptografia, localização dos dados e responsabilidades.
Toda empresa diz que tem "nuvem segura". Mas nuvem onde? Servidor no porão da empresa não é nuvem, é risco. Exija certificações reais, não marketing. E cuidado com sistemas que armazenam dados sensíveis em servidores compartilhados com outras finalidades.
Implementar PEP tem dois extremos perigosos:
O ideal? Faseamento inteligente. Comece com:
Depois evolua para prescrição eletrônica, telemedicina e laudos. Sistemas modulares, como o ClínicaWork, permitem essa abordagem sem precisar comprar tudo de uma vez.
Não adianta ter o melhor sistema se a equipe não usar direito. Inclua desde cedo:
E aqui vai uma dica ouro: nomeie um "embaixador digital" na equipe - alguém com perfil mais tecnológico que possa ser o ponto focal das dúvidas.
Seu PEP precisa "conversar" com:
Na prática? A maioria fala em interoperabilidade mas na hora H depende de PDF ou pior, papel. Sistemas sérios oferecem APIs abertas ou pelo menos integrações pré-construídas com os principais players de cada região.
Nada mais frustrante que receber um exame em PDF não pesquisável. Um bom PEP deve permitir:
O barato pode sair caro quando falamos de PEP. Considere:
Sistemas muito baratos costumam cobrar por cada módulo extra, tornando-se caros no longo prazo. Já vi casos onde o "sistema gratuito" acabou custando mais que soluções completas como o ClínicaWork quando somados todos os adicionais.
Seu PEP precisa funcionar bem em:
Mas cuidado com sistemas que são apenas "sites responsivos". Eles podem funcionar mal offline ou em conexões ruins. O ideal é ter aplicativos nativos para as tarefas críticas.
Interface que funciona no desktop pode ser um pesadelo no celular. Teste antes de comprar. Peça demonstração em todos os dispositivos que pretende usar.
Aqui está um dilema real: quanto mais personalizável, mais complexo de manter. Sistemas muito abertos viram Frankenstein com o tempo. Sistemas muito engessados não adaptam ao seu fluxo.
Busque o equilíbrio:
Todo sistema funciona bem na demonstração. O teste real é quando:
Antes de assinar qualquer contrato:
Escolher um PEP é uma decisão clínica tanto quanto técnica. Não delegue totalmente para a área administrativa. Exija segurança real, não promessas. Prefira sistemas que cresçam com você. E nunca, jamais, aceite comprometer a qualidade do registro clínico por economias de curto prazo.