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Colega, se tem uma coisa que a pandemia deixou clara é que o atendimento remoto veio pra ficar. E agora a gente se vira com um pé no consultório e outro no teleatendimento, gerando dados em lugares diferentes. O desafio? Manter tudo organizado num prontuário único, coerente e que não nos faça perder tempo.
Você já passou por isso: o paciente chega no consultório depois de três teleconsultas e você não encontra a porcaria da prescrição que fez no último atendimento online. Ou pior, tem que ficar cruzando informações entre sistemas que não conversam. Isso quando o paciente não chega com aquele "mas doutor, na última vez a senhora disse que..." e você não tem registro do que foi dito.
O prontuário fragmentado é um risco médico-legal do caramba. E olha que nem estou falando da parte burocrática - é questão de segurança do paciente mesmo. Como garantir continuidade do cuidado se metade da história clínica tá perdida em plataformas desconectadas?
Primeiro, esqueça essa ideia de ter um sistema pra presencial e outro pra remoto. Isso é receita pra desastre. O prontuário ideal precisa ser:
Um exemplo que funciona bem na prática é o ClínicaWork, que trata teleatendimento e presencial como duas portas de entrada para o mesmo prontuário. Você não precisa ficar migrando dados ou usando sistemas paralelos.
Te falo três erros comuns que vejo colegas cometendo:
A solução? Centralização inteligente. Um sistema que permita:
Imagine esse fluxo: o paciente agenda online, faz uma triagem assíncrona pelo portal, depois tem a teleconsulta onde você já acessa todo o histórico prévio, prescreve e agenda o retorno presencial. Tudo no mesmo lugar.
Quando ele chegar no consultório, você já tem:
Isso não é ficção científica. Sistemas como o ClínicaWork já fazem essa integração automática. O segredo está na arquitetura pensada para saúde, não em adaptações de sistemas genéricos.
Unificar é ótimo, mas tem que ser seguro. Alguns pontos críticos:
Autenticação forte: Seu acesso precisa ser tão seguro no home office quanto no consultório. Dois fatores não são opcionais.
Registro de acessos: Saber quem acessou o que e quando é essencial, especialmente em equipes grandes.
Backups automatizados: Com redundância e possibilidade de recuperação pontual. Não dá pra confiar em pendrive.
Auditoria integrada: Rastreabilidade completa de todas as alterações no prontuário, independente da origem.
De nada adianta a melhor tecnologia se a equipe não usar direito. Algumas dicas práticas:
Treinamento contínuo, não só no início. As pessoas esquecem, rotacionam, resistem a mudanças.
Padronização de preenchimento. Defina quais campos são obrigatórios em cada tipo de atendimento.
Feedback constante. Identifique quem está deixando de registrar e corrija rápido.
Lembre-se: prontuário incompleto é processo esperando para acontecer.
Em resumo, o prontuário do futuro - que na verdade já é o presente - não distingue entre presencial e remoto. Ele simplesmente registra o cuidado de forma contínua, seja qual for o canal.
A tecnologia já permite isso hoje, com sistemas como o ClínicaWork mostrando que é possível ter tudo unificado sem complicação. O que falta é a gente parar de aceitar soluções fragmentadas e exigir ferramentas que realmente atendam às necessidades da prática clínica moderna.