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Colega, se você está pensando em migrar para um prontuário eletrônico ou trocar o seu atual, tem que botar na balança alguns fatores críticos que vão muito além da interface bonitinha ou do preço mensal. A escolha errada pode te colocar numa enrascada jurídica, sem contar os riscos para seus pacientes e para sua prática médica.
Vamos começar pelo básico: um PE não é só um arquivo digital. É a espinha dorsal do seu consultório, o repositório das informações mais sensíveis que existem - dados de saúde. E a LGPD veio pra colocar um peso enorme nas nossas costas quanto à proteção desses dados.
Muita gente acha que a LGPD é só aquela janelinha de consentimento. Engano grave. A lei exige que o sistema tenha mecanismos para garantir todos os princípios da proteção de dados, desde a coleta até a eliminação.
Por exemplo, o ClínicaWork implementa funcionalidades específicas para isso:
E aqui vai um ponto crucial: o sistema tem que te permitir demonstrar conformidade. Se um paciente pedir para ver todos os acessos ao seu prontuário, você precisa conseguir fornecer isso rapidamente.
Esse é um dos maiores dilemas. Servidor local parece mais seguro, mas exige uma infraestrutura que a maioria dos consultórios não tem (e nem deveria manter). Um bom sistema em nuvem, como o ClínicaWork, oferece:
O importante é que os dados fiquem em território nacional ou em países com legislação equivalente à LGPD. Isso é mandatório.
Vou ser direto: se o sistema não tiver pelo menos esses itens, nem considere:
E atenção: a senha padrão do sistema tem que expirar no primeiro acesso, obrigando a criação de uma senha forte. Isso parece óbvio, mas você ficaria surpreso com quantos sistemas falham nisso.
Um erro comum é deixar todas as permissões liberadas para todos os usuários. A recepcionista não precisa acessar laudos completos, assim como o médico não precisa mexer no financeiro. Um PE sério permite granularidade fina nas permissões.
Seu PE não pode ser uma ilha. Precisa conversar com outros sistemas através de padrões como HL7 FHIR ou pelo menos ter exportação em formatos abertos (XML, JSON). Isso é essencial para:
O ClínicaWork, por exemplo, adota esses padrões desde a concepção, evitando que você fique refém de formatos proprietários.
Cada ação no prontuário deve ser registrada com:
Isso não é só questão de segurança, mas de defesa profissional. Em caso de questionamentos, você precisa reconstituir todo o histórico.
Antes de assinar qualquer contrato, faça esse teste prático:
E o mais importante: converse com outros médicos que usam o sistema há pelo menos 2 anos. A experiência real vale mais que qualquer demonstração comercial.
Uma multa da ANPD pode chegar a R$ 50 milhões por infração. Sem contar os danos reputacionais. Um PE ruim pode sair muito mais caro que o investimento num sistema robusto.
Além da segurança, avalie se o sistema tem:
No ClínicaWork, por exemplo, há a funcionalidade de "bloqueio por inatividade" - se o usuário ficar sem interagir por um tempo, é automaticamente desconectado. Coisas simples assim evitam muitos problemas.
Pergunte com que frequência saem atualizações de segurança. Um sistema abandonado é uma bomba-relógio. O ideal é que haja patches regulares e um canal de suporte ágil.
Em resumo, escolher um PE seguro e LGPD-compliant exige um olhar crítico sobre aspectos técnicos, jurídicos e de fluxo de trabalho. Não caia no conto do "mais barato" - na medicina, dados são tão importantes quanto o estetoscópio.