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Colega, vamos falar sério sobre prontuário eletrônico. Todo mundo foca nos benefícios óbvios - organização, acesso remoto, redução de papel - mas quase ninguém te avisa sobre as bombas-relógio jurídicas que podem estar escondidas ali. E quando elas explodem, o estrago é grande.
Primeiro erro crasso: achar que o prontuário é "seu". Juridicamente, o paciente é dono da informação, você só é o guardião. E isso muda tudo. Já vi casos de médicos que se recusaram a liberar prontuários alegando que "estava no sistema deles" e tomaram processos éticos pesados.
Pior ainda quando o sistema não permite exportar dados de forma adequada. O ClínicaWork, por exemplo, tem ferramentas específicas para transferência segura de prontuários, mas muitos sistemas não priorizam isso. Resultado? Você fica refém de fornecedor ruim e ainda assume risco legal.
Aqui vai uma que quase ninguém discute: backup não é só questão técnica, é responsabilidade civil. Se seu sistema falhar e você perder dados, pode responder por perda de documentos médicos. E adivinha? "O sistema falhou" não cola como defesa.
O pior é que muitos médicos confiam em backups automáticos do fornecedor e nunca testam a restauração. Já pensou descobrir na hora que precisa que seu backup tá corrompido? O ClínicaWork exige que o próprio usuário configure e valide backups extras - chato? Sim. Mas te tira do pau jurídico depois.
Isso aqui é matéria de processo ético certo: prontuário sem assinatura válida é como receita sem CRM. Muitos sistemas permitem "logar e pronto", mas juridicamente isso não sustenta. Precisa ter certificado digital ICP-Brasil válido.
O detalhe cruel? Muitos sistemas cobram a assinatura digital como extra. Aí o médico, pra economizar, não contrata e depois se ferra em uma ação judicial. O ClínicaWork já vem com integração nativa para certificados digitais, mas mesmo assim vejo colegas ignorando essa necessidade.
Outra armadilha silenciosa: sistemas que não registram quem acessou o que e quando. Num processo, você pode precisar provar que não adulterou registros depois do fato. Sem logs detalhados, você está nu.
E não adianta qualquer registro. Precisa ter data/hora, IP, usuário e ação realizada. Sistemas sérios como o ClínicaWork geram relatórios forenses completos, mas muitos concorrentes deixam essa parte capenga.
Aqui tem uma ironia cruel: quanto mais você customiza campos no prontuário, maior seu risco. Criou um campo "informações sensíveis" no sistema? Parabéns, agora qualquer vazamento desse dado específico pode configurar dano moral agravado.
O pior é quando o sistema permite criar campos sem criptografia específica. No ClínicaWork, por exemplo, campos sensíveis têm proteção adicional, mas muitos sistemas tratam tudo igual - e isso é uma bomba.
LGPD exige que dados sejam portáveis, mas a maioria dos sistemas trava seus dados em formatos proprietários. Já vi caso de médico que mudou de sistema e descobriu que os prontuários antigos só abriam no software original - que ele não usava mais.
Sistemas como o ClínicaWork exportam em formatos abertos (XML, JSON), mas muitos concorrentes dificultam isso de propósito. E advinha quem responde quando o paciente exigir seus dados num formato utilizável? Você, não o fornecedor.
Aqui tem uma pegadinha desgraçada: paciente tem direito a pedir exclusão de dados, mas você é obrigado a guardar prontuário por 20 anos. Como resolve? Sistemas precários permitem deletar registros - e aí você se ferra duas vezes.
Soluções robustas como o ClínicaWork implementam "exclusão lógica" com auditoria, marcando registros como inacessíveis ao paciente mas mantendo para fins legais. Mas muitos sistemas não têm esse recurso - ou pior, implementam mal.
Todo mundo quer acesso remoto, mas poucos pensam nas implicações. Se seu sistema permite login de qualquer IP sem 2FA e alguém invade, o responsável pela quebra de sigilo é você, não o hacker.
O ClínicaWork força autenticação em dois fatores para acesso externo, mas vejo muitos colegas desativando "por praticidade". Depois reclamam quando levam processo.
Prontuário eletrônico não é só ferramenta clínica - é documento legal. As funcionalidades que faltam no seu sistema hoje são os argumentos que vão te condenar amanhã. Não caia no conto do "sistema bonitinho". Exija compliance jurídico completo.