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Colegas, se tem uma coisa que aprendi na prática é que a tecnologia veio para ficar, mas junto com ela vieram riscos que muitos de nós ainda subestimam. Não adianta só investir em um prontuário eletrônico ou sistema de gestão e achar que está tudo resolvido. A realidade é bem mais complexa, e em 2024 esses perigos só aumentaram. Vamos falar sobre o que realmente importa, sem rodeios.
Isso aqui não é brincadeira. Um vazamento de dados pode acabar com a reputação de uma clínica que levou anos para construir. E não estou falando só de hackers invadindo sistemas. Muitas vezes, o problema está dentro da própria equipe: acesso não controlado, senhas compartilhadas, funcionários descontentes, ou até mesmo aquele pendrive perdido com milhares de prontuários.
O pior é que a LGPD já está aplicando multas pesadas, e em 2024 a fiscalização só tende a aumentar. Um exemplo real: uma clínica que usava um sistema sem criptografia adequada teve que pagar quase R$ 300 mil em multas após um vazamento. E olha que nem foi um caso grave.
O que fazer? Primeiro, garanta que seu sistema (como o ClínicaWork, por exemplo) tenha:
Esse aqui é o pesadelo de qualquer gestor. Imagine chegar na clínica e descobrir que todos os prontuários, agendamentos e registros financeiros estão criptografados por criminosos, que exigem um resgate em Bitcoin para liberar o acesso. Pior: mesmo pagando, não há garantia de que você recuperará os dados.
Em 2024, os ataques de ransomware estão mais sofisticados, mirando especificamente clínicas médicas - justamente porque sabemos que não podemos ficar sem acesso aos prontuários dos pacientes. Muitas clínicas acabam pagando por desespero.
A solução? Backups automatizados e desconectados da rede principal (para que o ransomware não consiga criptografá-los também). Sistemas como o ClínicaWork oferecem backups em nuvem com versionamento, mas o ideal é ter múltiplas cópias em locais diferentes.
Com a popularização dos agendamentos pela internet, surgiu um novo problema: fraudes. Pessoas marcam consultas falsas só para ocupar horários e prejudicar a clínica. Competidores fazem isso. Pacientes descontentes também. Em alguns casos, bots são programados para lotar a agenda automaticamente.
Já vi clínicas perderem dias inteiros de trabalho por causa disso. O prejuízo é enorme, especialmente para especialidades com alta demanda.
Algumas estratégias para se proteger:
Aqui vai uma verdade inconveniente: nenhum sistema é perfeito ou 100% garantido. Já vi clínicas travarem completamente porque o sistema principal ficou fora do ar e eles não tinham nenhum plano B. Nem mesmo uma lista impressa de pacientes agendados para o dia.
Em 2024, com a crescente digitalização, esse risco só aumenta. Uma queda de energia prolongada, um problema no servidor, ou até mesmo uma atualização mal feita pode paralisar suas operações.
O que aprendi na prática:
Aqui está um problema silencioso que causa enormes dores de cabeça. Muitas clínicas usam vários sistemas que não conversam bem entre si: um para agendamento, outro para prontuário, outro para financeiro. O resultado? Dados inconsistentes, duplicação de informações, erros nos relatórios.
Pior ainda são as integrações caseiras feitas por "especialistas" que prometem resolver tudo. Já vi caso de integração que corrompeu meses de dados financeiros porque não havia validação adequada.
Se for integrar sistemas (como o ClínicaWork com seu laboratório de análises, por exemplo), exija:
Em resumo, a tecnologia traz eficiência, mas também novos riscos que precisamos gerenciar com a mesma seriedade com que tratamos nossos pacientes. Não dá mais para delegar isso apenas para o "menino da TI". Como médicos e gestores, precisamos entender pelo menos o básico dessas ameaças para podermos tomar decisões informadas.