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Colega, migrar para o prontuário eletrônico é como fazer uma cirurgia: se você não planejar bem, pode sangrar. E no caso da clínica, o sangramento é tempo, dinheiro e paciência perdidos. Vamos falar dos erros que vejo repetirem-se há anos – e como contorná-los.
O maior equívoco é tratar o prontuário digital como commodity. Não é. Um sistema genérico de gestão não resolve problemas médicos específicos. Já vi clínicas tentando adaptar planilhas ou ferramentas não-médicas para isso. Resultado? Médicos frustrados, dados desestruturados e zero ganho de eficiência.
Um exemplo prático: o ClínicaWork nasceu justamente dessa dor. Criado por médicos para médicos, ele entende que anamnese não é um campo de texto livre – é um fluxo clínico guiado. Sistemas genéricos não capturam essa nuance.
A resistência ao novo é humana, especialmente em ambientes médicos onde rotinas estão consolidadas há décadas. Implementar sem treinamento é receita para o fracasso. E não adianta fazer um treinamento relâmpago de 2 horas e achar que está resolvido.
O que funciona:
Um dado cruel: 70% das falhas na implantação vêm da falta de capacitação adequada, não do software em si.
Querer transferir anos de prontuários físicos para o digital de um dia para o outro é insanidade. Além de inviável tecnicamente, destrói a produtividade da equipe. O modelo faseado é mais inteligente:
No ClínicaWork, por exemplo, recomendamos começar com 30% dos pacientes no primeiro mês, avaliar os ajustes necessários, e só então escalar. Migração é maratona, não sprint.
Seu prontuário não vive isolado. Precisa "conversar" com:
Nada mais frustrante do que descobrir depois da implantação que você terá que digitar manualmente cada laudo de exame. Pergunte ANTES sobre as integrações disponíveis. Sistemas como o ClínicaWork oferecem APIs abertas justamente para evitar esses gargalos.
Como você vai saber se a migração foi bem-sucedida? "Achar" que está melhor não basta. Estabeleça indicadores claros antes de começar:
Sem dados, você fica refém de achismos. Um bom sistema deveria fornecer esses analytics de forma nativa – é algo que sempre cobro dos desenvolvedores.
Esquecem de planejar a governança dos dados. Quem acessa o quê? Como fica a portabilidade se mudarem de sistema? Qual o plano de backup? São discussões chatas, mas necessárias. Recentemente, um colega me contou que perdeu 3 meses de trabalho porque o backup automático estava configurado errado. Não cometa esse erro.
Em resumo: migração digital não é sobre tecnologia, é sobre mudança de processo. E nós, médicos, sabemos que qualquer mudança requer anamnese cuidadosa antes da intervenção.