O Que Fazer Quando um Funcionário Viola a Política de Dados da Clínica

O Que Fazer Quando um Funcionário Viola a Política de Dados da Clínica

Colegas, vamos falar de um assunto que ninguém gosta de enfrentar, mas que é inevitável: o vazamento ou uso indevido de dados por parte de um funcionário. Seja por descuido, má-fé ou simples desconhecimento das regras, isso acontece – e quando ocorre, a gente precisa agir rápido e com precisão cirúrgica.

Primeiros Socorros: Contenção do Dano

Assim como numa emergência médica, o primeiro passo é estabilizar o paciente. Aqui, o "paciente" são os dados vazados e a integridade da sua clínica. Se você descobriu que um funcionário acessou ou compartilhou informações indevidamente, pare tudo e faça imediatamente:

  • Revogue imediatamente os acessos do colaborador envolvido
  • Altere senhas de sistemas críticos (como o ClínicaWork, se for o caso)
  • Documente tudo – data, hora, tipo de acesso, quais dados foram envolvidos
  • Se houver vazamento externo, notifique os pacientes afetados

Nessa fase, não adianta querer entender os motivos ou aplicar punições. O foco é totalmente em limitar o estrago.

Investigando o Caso

Com a situação controlada, vem a fase do diagnóstico. Aqui você precisa entender exatamente o que aconteceu, e para isso vai precisar de:

1. Registros de Acesso

Todo sistema decente (como o ClínicaWork) mantém logs detalhados de quem acessou o que e quando. Esses registros são sua principal evidência. Verifique:

  • Quais dados específicos foram acessados
  • Se houve tentativas de exportação ou impressão
  • O horário dos acessos
  • Se foi a partir de um dispositivo conhecido

2. Entrevista com o Envolvido

Converse com o funcionário, mas faça isso com testemunhas presentes (preferencialmente do RH ou jurídico). O objetivo não é acusar, mas entender:

  • Se foi intencional ou acidental
  • Se houve pressão externa (como um familiar pedindo informações)
  • Se ele estava ciente das políticas de privacidade

Tomando as Providências

Com os fatos apurados, é hora de decidir como proceder. As opções variam conforme a gravidade:

Para Violações Não Intencionais

Se foi um erro honesto (como enviar um exame para o paciente errado), medidas educativas costumam ser suficientes:

  • Retreinamento em proteção de dados
  • Revisão dos processos que levaram ao erro
  • Monitoramento temporário das atividades

Para Violações Intencionais

Aqui o bicho pega. Se houve má-fé (vender dados, acessar prontuários por curiosidade, etc.), você provavelmente precisará:

  • Aplicar sanções disciplinares conforme o contrato
  • Em casos graves, demitir por justa causa
  • Em situações criminosas (como venda de dados), acionar as autoridades

Prevenindo Novos Casos

Depois de resolver o caso específico, vem a parte mais importante: evitar que se repita. Algumas medidas que funcionam na prática:

Controles Técnicos

Configure seu sistema (como o ClínicaWork) para:

  • Limitar acessos ao mínimo necessário para cada função
  • Exigir autenticação de dois fatores
  • Bloquear exportações não autorizadas
  • Gerar alertas para acessos suspeitos

Treinamento Contínuo

Não adianta só mostrar as políticas no primeiro dia. Faça:

  • Treinamentos anuais obrigatórios
  • Simulações de vazamentos para testar a equipe
  • Comunicação constante sobre a importância dos dados

Políticas Clara

Todo funcionário deve assinar um termo específico sobre proteção de dados, com linguagem clara sobre:

  • O que constitui uso inadequado
  • As consequências de violações
  • Como reportar suspeitas

O Aspecto Legal

Não podemos ignorar a LGPD nessa história. Dependendo do caso, você pode precisar:

  • Notificar a ANPD em 72h para incidentes graves
  • Documentar todas as ações tomadas
  • Em alguns casos, contratar assessoria especializada

Um detalhe importante: mesmo que o funcionário tenha agido por conta própria, a clínica pode ser responsabilizada. Por isso a prevenção é tão crítica.

Quando o Sistema Ajuda (e Quando Atrrapalha)

Ferramentas como o ClínicaWork podem ser aliadas poderosas nesse controle, desde que bem configuradas. Recursos úteis incluem:

  • Relatórios de acesso detalhados
  • Alertas em tempo real para atividades suspeitas
  • Controle granular de permissões

Mas atenção: nenhum sistema substitui processos bem desenhados e uma cultura organizacional que valorize a privacidade.

O Fator Humano

No final das contas, a maioria dos vazamentos vem de erros humanos, não de falhas técnicas. Por isso é essencial:

  • Criar um ambiente onde os funcionários se sintam responsáveis pelos dados
  • Estabelecer canais fáceis para reportar preocupações
  • Reconhecer boas práticas, não só punir os erros

Em resumo: quando um funcionário viola políticas de dados, a resposta deve ser rápida, justa e – principalmente – usada como aprendizado para fortalecer a segurança como um todo. A privacidade dos pacientes depende disso.

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