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Colegas, vamos falar sobre um tema que já deveria estar no radar de todo mundo que lida com prontuários eletrônicos: a LGPD. A Lei Geral de Proteção de Dados não é só mais uma burocracia – ela veio pra ficar e, se ignorada, pode dar dor de cabeça (e multa) pra quem não se adaptar. E no nosso meio, onde lidamos com dados sensíveis o tempo todo, o risco é ainda maior.
Dados de saúde são considerados sensíveis pela lei. Isso significa que vazamentos ou uso indevido podem gerar consequências graves, tanto para os pacientes quanto para os profissionais e instituições. Imagina só um histórico médico vazando e sendo usado de forma discriminatória? Ou pior: um ransomware sequestrando os prontuários da sua clínica?
O problema é que muitos PEPs ainda não estão totalmente adaptados. Alguns nem sequer têm controles básicos de acesso, auditoria ou criptografia. E aí, quando o paciente pede para acessar seus dados ou solicita a exclusão (direitos garantidos pela LGPD), a clínica se vê num beco sem saída.
Vamos direto ao ponto. Seu sistema precisa garantir:
Primeiro, faça um diagnóstico do seu sistema atual. Ele já tem essas funcionalidades? Se não, converse com o fornecedor sobre atualizações. Sistemas como o ClínicaWork, por exemplo, já nasceram com a LGPD em mente e oferecem módulos específicos para gestão de consentimentos, auditoria e segurança.
Segundo, revise seus processos internos. De nada adianta ter um sistema seguro se a recepcionista anota senha em post-it ou se os médicos compartilham credenciais. Treine a equipe e estabeleça políticas claras.
Terceiro, documente tudo. A LGPD exige que você consiga demonstrar conformidade. Isso inclui termos de consentimento, políticas de privacidade, registros de auditoria e até relatórios de incidentes (que, esperamos, nunca aconteçam).
Aqui entra um desafio: o que fazer com os prontuários criados antes da LGPD? A lei não é retroativa, mas qualquer uso atual desses dados já está sujeito às novas regras. O ideal é revisar esses registros e, quando possível, obter consentimento para mantê-los no sistema.
Aqui tem um detalhe importante: a LGPD prevê a exclusão, mas o CFM e outras regulamentações exigem que prontuários sejam mantidos por, no mínimo, 20 anos. Como resolver? O caminho é anonimizar os dados quando possível ou bloquear o acesso, mantendo apenas o necessário para cumprir outras obrigações legais.
Sistemas robustos como o ClínicaWork permitem fazer essa gestão de forma seletiva, garantindo que você cumpra tanto a LGPD quanto as normas da medicina.
Primeiro, contenha o problema. Depois, documente tudo e notifique a ANPD e os pacientes afetados, se necessário. Ter um plano de resposta a incidentes é crucial – e isso inclui desde backups seguros até comunicação transparente com os envolvidos.
Em resumo: a LGPD não é opcional. E adaptar seu PEP não é só instalar um update, mas repensar toda a gestão de dados da sua clínica. O investimento em um sistema adequado e em processos seguros não é gasto – é proteção para você, para seus pacientes e para o seu negócio.
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