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Colega, sei que quando a gente ouve "LGPD" já pensa em mais uma papelada chata pra lidar. Mas acredite: entender a Lei Geral de Proteção de Dados é tão importante quanto saber prescrever um antibiótico direito hoje em dia. Não é exagero. Um vazamento de prontuários ou falha na segurança dos dados dos pacientes pode acabar com sua reputação e te colocar na berlinda judicial.
O pior é que muitos consultórios ainda operam como se estivéssemos em 2010 - com planilhas de Excel com CPF de pacientes circulando por email, prontuários em pastas físicas sem controle de acesso, e até receitas com dados sensíveis sendo jogadas no lixo comum. Isso não pode mais.
Na prática, existem três aspectos fundamentais que todo médico precisa dominar:
Aqui vai um erro clássico: achar que aquele termo de 5 páginas cheio de juridiquês que o paciente assina na primeira consulta já resolve. Na LGPD, o consentimento precisa ser:
Na prática, isso significa que você precisa explicar de forma clara:
Um exemplo prático: se você usa um sistema como o ClínicaWork, ele já traz modelos de termos adaptáveis que facilitam essa adequação. Mas atenção: não adianta só usar o modelo padrão. Você precisa customizar conforme suas necessidades específicas.
Agora vamos ao que realmente faz diferença na rotina:
Se você ainda usa prontuários em papel:
Aqui é onde mais vejo colegas pegando atalhos perigosos:
Um detalhe importante: se você usa algum sistema de gestão, como o ClínicaWork, verifique se ele possui:
Esse é um ponto que muitos subestimam: dentro do seu consultório, quem pode acessar o quê? A recepcionista precisa ver o prontuário médico completo? O estagiário tem acesso aos dados bancários dos pacientes?
Na prática, você deve implementar o princípio do menor privilégio: cada pessoa só acessa o estritamente necessário para sua função. Sistemas como o ClínicaWork permitem configurar perfis de acesso detalhados - use isso a seu favor.
De nada adianta ter todos os protocolos se a equipe não está treinada. Alguns pontos críticos:
Faça treinamentos curtos mas frequentes - de 15 a 30 minutos por mês já fazem diferença.
A LGPD garante ao paciente alguns direitos que você precisa saber lidar:
Aqui tem uma pegadinha: dados de saúde têm regras específicas. Você não pode simplesmente apagar um prontuário médico porque o paciente pediu - há prazos legais de guarda. Mas precisa ter um processo claro para atender essas solicitações dentro da lei.
Por mais cuidadoso que você seja, incidentes podem acontecer. O importante é ter um plano de ação:
Documente tudo. Um registro detalhado pode fazer diferença se houver questionamentos depois.
Implementar tudo isso sozinho é trabalhoso. Algumas funcionalidades que sistemas como o ClínicaWork oferecem e que valem a pena considerar:
Em resumo: LGPD não é sobre criar obstáculos, mas sobre organizar o que já deveria ser padrão em qualquer consultório que lida com dados sensíveis. Comece pelos pontos críticos, documente seus processos, e vá ajustando com o tempo.
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