LGPD na Prática: O que Mudou no Seu Consultório

LGPD na Prática: O que Mudou no Seu Consultório

Colega, vamos falar de um assunto que já deveria estar no radar de todo médico que lida com dados de pacientes: a LGPD. Não é só burocracia – é sobre proteger seu paciente, seu consultório e até seu pescoço de processos desnecessários. E sim, a coisa é séria mesmo para quem tem uma clínica pequena.

O que a LGPD realmente exige do seu dia a dia

Primeiro, esqueça aquela ideia de que "só grandes hospitais precisam se preocupar". Se você coleta, armazena ou processa qualquer informação de paciente (e obviamente você faz isso), a lei se aplica. E não estamos falando só de prontuário eletrônico – até aquela planilha velha no Excel com nomes de pacientes já entra na jogada.

Os pontos críticos que você precisa dominar:

  • Consentimento explícito: Aquele "concordo com os termos" genérico não basta mais. O paciente precisa saber exatamente como você vai usar os dados dele.
  • Acesso facilitado: Se um paciente pedir para ver todos os dados que você tem sobre ele, você tem que entregar – e rápido.
  • Exclusão de dados: Em alguns casos, o paciente pode pedir para apagar os dados. Aqui tem pegadinha – você não pode simplesmente deletar o prontuário médico.
  • Segurança real: Senha "1234" no sistema? Celular com fotos de exames sem proteção? Isso agora é risco legal.

Como isso muda seu fluxo de trabalho

Na prática, você vai precisar ajustar vários processos:

Na recepção: Aquele formulário de cadastro que você usa há anos? Precisa ser revisto. Tem que explicar claramente por que você está coletando cada dado (CPF, endereço, etc.) e como será usado. E não pode mais ser aquela letrinha miúda que ninguém lê.

No consultório: Compartilhar casos com colegas para discussão? Cuidado. Mesmo sem citar nomes, se houver dados que permitam identificar o paciente, você precisa ter consentimento para isso.

No armazenamento: Backup em pendrive? Planilhas soltas no computador? Hora de repensar. A multa por vazamento de dados pode chegar a R$ 50 milhões – e não é difícil um notebook ser roubado ou um e-mail ser enviado para a pessoa errada.

Ferramentas que podem ajudar (sem dor de cabeça)

Aqui é onde sistemas como o ClínicaWork fazem diferença. Um bom software médico já vem com:

  • Controle de acesso por usuário (para saber quem mexeu em quê)
  • Registro de todas as ações (auditoria completa)
  • Opções seguras de backup
  • Mecanismos para atender solicitações de acesso ou exclusão de dados

O pulo do gato é que essas ferramentas já estão prontas – você não precisa reinventar a roda contratando um time de TI só para isso.

Os erros mais comuns (que podem custar caro)

Tenho visto muita gente escorregando em detalhes bobos:

1. Fotografar exames com o celular pessoal – Isso é armazenamento de dado sensível. Se o celular for perdido ou hackeado, pode configurar vazamento.

2. Enviar receitas ou laudos por WhatsApp – A menos que o paciente tenha consentido expressamente com esse canal (e você tenha como provar), é furada.

3. Deixar a tela do computador visível na recepção – Parece exagero, mas se outro paciente ver dados na tela, tecnicamente é vazamento.

O que fazer hoje mesmo (sem gastar nada)

Algumas ações rápidas para começar a se adequar:

  1. Revise todos os formulários que usa – adicione uma explicação clara sobre uso de dados
  2. Coloque senhas fortes em todos os dispositivos e sistemas
  3. Treine sua equipe para não deixar papéis com dados sensíveis na mesa
  4. Pense duas vezes antes de compartilhar qualquer caso clínico, mesmo em grupos médicos

E quando o paciente pede para apagar os dados?

Aqui tem um nó importante: o prontuário médico tem guarda obrigatória por 20 anos. Você não pode simplesmente deletar. A solução é anonimizar os dados quando possível, ou bloquear o acesso mantendo apenas o essencial para cumprir a lei da medicina.

Um sistema bem configurado como o ClínicaWork ajuda nisso, permitindo restringir acesso a certos registros sem perder a informação.

Vale a pena se preocupar com isso?

Olha, já tem médico pagando multa por descuido com dados. Fora o dano à reputação quando vaza informação. E a tendência é fiscalização aumentar. O bom é que muitas das boas práticas da LGPD são... bom senso médico de sempre, só que agora com força de lei.

Em resumo: não precisa virar expert em direito digital, mas ignorar completamente é pedir para ter dor de cabeça. Comece ajustando o básico e, se possível, use ferramentas que já tragam a conformidade embutida.

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