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Colega, se tem um assunto que pegou todo mundo de surpresa – e que ainda gera dúvidas – é a LGPD. A gente já tinha o sigilo médico como princípio ético, mas agora a coisa ficou séria com a Lei Geral de Proteção de Dados. E no meio disso tudo, o prontuário digital virou peça central. Vamos falar sobre o que realmente muda na sua rotina?
Primeiro: LGPD não é burocracia inventada pra encher o saco. É uma resposta necessária ao mundo digital onde vazamentos de dados acontecem todo dia. Na medicina, isso é ainda mais sensível porque lidamos com informações ultra sigilosas – desde um diagnóstico de HIV até aquele paciente famoso que não quer ninguém sabendo que tá fazendo tratamento no seu consultório.
O prontuário eletrônico facilita nossa vida, mas também aumenta os riscos. Um exemplo bobo: você sabia que deixar a tela do computador virada pro corredor da clínica pode configurar violação de dados? Pois é.
Quando a gente migra do papel pro digital, os dados dos pacientes viram arquivos que circulam por servidores, nuvens, backups... E é aí que mora o perigo. Sistemas como o ClínicaWork já nasceram pensando nisso, com criptografia de ponta a ponta e controles de acesso bem desenhados. Mas a tecnologia sozinha não resolve – o médico tem que fazer sua parte.
Alguns pontos práticos que você precisa observar:
Lembra quando a gente só pedia pro paciente assinar aquele termo genérico no primeiro atendimento? Era quase um "concorda com tudo aqui". Agora não rola mais. O consentimento tem que ser específico, informado e, o mais importante: pode ser revogado a qualquer momento.
Na prática, isso significa:
O ClínicaWork, por exemplo, tem ferramentas que ajudam nesse gerenciamento de consentimentos, com registros auditáveis de quando e como o paciente autorizou o uso dos dados.
Aqui a coisa fica interessante. A LGPD não proíbe compartilhar dados – isso seria inviável na prática médica. Mas exige que seja feito com critério. Quando você encaminha um paciente pra um colega especialista, por exemplo, precisa pensar:
Mandar um PDF do prontuário por WhatsApp? Péssima ideia. Usar um sistema integrado com criptografia? Muito melhor.
Isso aqui é o que mais pega os consultórios pequenos. A LGPD exige que você nomeie um encarregado de dados (o famoso DPO). Na prática, em clínicas menores, acaba sendo o próprio médico. E aí vem a lista de tarefas:
- Mapear todos os fluxos de dados na clínica
- Manter registro das atividades de tratamento
- Implementar políticas de segurança
- Saber agir em caso de vazamento (sim, tem que ter um plano pra isso)
Parece exagero, mas quando você vê aquelas notícias de consultórios que tiveram todos os dados vazados, entende por que essas regras existem.
Aqui vem um ponto que poucos falam: mesmo usando um sistema seguro como o ClínicaWork, a responsabilidade final é sua. Se um hacker invadir porque você usou "senha123" como password, a ANPD não vai aceitar "mas o sistema era bom" como desculpa.
Em resumo: a LGPD trouxe um novo jeito de pensar o prontuário. Não é mais só sobre registrar informações médicas – é sobre fazer isso com segurança, transparência e responsabilidade. O digital facilitou nosso trabalho, mas também exigiu que a gente evolua na forma de lidar com os dados dos pacientes.
O lado bom? No fim das contas, isso tudo protege a gente também. Afinal, quem nunca teve aquele frio na barriga pensando "e se vazar aquele prontuário...". Agora pelo menos temos regras claras pra evitar isso.
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