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Colega, vamos direto ao ponto: a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) não é só aquela chatice que o contador fica enchendo o saco. Na medicina, ela tem implicações reais e diretas no seu dia a dia. Um vazamento de prontuário, um WhatsApp com dados de paciente enviado para o grupo errado, ou até mesmo aquele caderno de anotações que fica aberto na recepção podem te colocar na berlinda.
O que muitos não percebem é que a LGPD não criou novas obrigações do nada - ela só tornou explícito o que já era dever ético nosso: proteger os dados dos pacientes. A diferença agora é que, além do Código de Ética Médica, tem multa pesada e até processo criminal envolvido.
Na correria do consultório, alguns descuidos são quase automáticos. Vamos aos principais:
Aquele e-mail para o colega com o laudo do paciente "só para dar uma olhada"? Pode ser problema. Mesmo entre médicos, o compartilhamento precisa de consentimento explícito ou estar amparado em necessidade técnica justificável. E não adianta achar que "mas é só entre nós" cola - vazamentos acontecem por caminhos inesperados.
Solução prática: sistemas como o ClínicaWork permitem compartilhamento seguro com outros profissionais, com rastreamento e controle de acesso. Se for informal mesmo, pelo menos anonimize os dados quando possível.
Prontuário em papel trancado a sete chaves? Pendrive com exames na bolsa? Planilha de controle no computador sem senha? Tudo isso é risco desnecessário. A LGPD exige que você prove que tomou medidas razoáveis para proteger os dados - e "razoável" hoje em dia inclui criptografia, backups controlados e acesso restrito.
Dica realista: migrar para um sistema especializado acaba sendo mais seguro e barato do que tentar adaptar soluções caseiras. Um prontuário eletrônico como o ClínicaWork já nasce com essas proteções embutidas.
Aqui é clássico: aquela pilha de fichas antigas que vai pro lixo comum, o HD velho do computador que é doado sem ser apagado direito, ou até aquelas anotações de rascunho que viram rascunho pra lista de compras. Dados médicos precisam de descarte seguro - destruição física ou digital completa.
Na prática: estabeleça um protocolo claro para arquivos inativos. Sistemas de gestão costumam ter políticas de retenção e exclusão segura. Para papel, invista em fragmentadora ou contrata empresa especializada.
Muita gente acha que DPO é coisa de grande hospital, mas a lei não faz essa distinção. Se você tem um CNPJ e lida com dados de saúde (ou seja, todo médico), precisa formalizar quem é o responsável pela proteção de dados.
A boa notícia? Pode ser você mesmo, um funcionário da clínica ou até terceirizado. O importante é:
Na realidade dos consultórios pequenos, o mais comum é o próprio médico assumir essa função depois de uma capacitação básica. Não precisa virar expert, mas entender os princípios e saber quando buscar ajuda especializada.
Aqui tem uma confusão comum: consentimento para tratamento não é a mesma coisa que consentimento para uso de dados. O primeiro está no Código de Ética, o segundo é exigência da LGPD.
Na rotina, isso significa:
Dica de ouro: sistemas de gestão como o ClínicaWork costumam ter modelos de termo adaptáveis que já contemplam esses requisitos, evitando reinventar a roda.
O pior erro é achar que "isso nunca vai acontecer comigo". Todo mundo está sujeito - desde um ransomware no computador até um celular roubado com fotos de exames.
Se ocorrer um vazamento:
O segredo está na prevenção: backups automáticos, criptografia, treinamento da equipe e plano de contingência. Sistemas médicos especializados já trazem muitas dessas proteções de fábrica.
A ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) está saindo da fase educativa para a punitiva. As multas podem chegar a 2% do faturamento (com limite de R$ 50 milhões por infração), mas o dano reputacional costuma ser pior.
Os fiscais estão de olho em:
Em resumo: a LGPD não é inimiga da medicina - ela só formaliza boas práticas que já deveríamos ter. Implementar isso direito pode até melhorar sua organização e reduzir riscos jurídicos. O segredo é não subestimar e ir ajustando aos poucos, de preferência com ferramentas que já nascem adequadas, como soluções especializadas em gestão médica.
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