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Colega, vou ser direto: já vi cada desastre na implementação de prontuários eletrônicos que daria um livro. E o pior? A maioria poderia ter sido evitada com planejamento básico e entendimento real das necessidades clínicas. Não é sobre tecnologia, é sobre fluxo de trabalho médico.
O maior erro? Achar que qualquer sistema serve. Um prontuário eletrônico não é um Word sofisticado. Ele precisa se adaptar à sua especialidade, ao seu ritmo de consulta, à forma como você pensa clinicamente. O ClínicaWork, por exemplo, nasceu justamente dessa dor - criado por médicos que cansaram de sistemas genéricos.
Vamos ao que interessa: na prática, como fazer direito? Primeiro, entenda que implementar um PEP é projeto clínico, não de TI. Você, médico, precisa liderar - não delegar totalmente.
Um caso real: um colega cardiologista quase faliu o consultório porque implementou um sistema sem verificar se tinha fluxogramas para HAS. Perdia 10 minutos por consulta tentando adaptar. Depois que migrou para uma solução como o ClínicaWork, que já vem com templates especializados, a produtividade voltou ao normal em 3 semanas.
Aqui tem uma verdade inconveniente: personalização demais no início atrapalha. Todo médico acha que seu fluxo é único (e em parte é), mas sistemas como o ClínicaWork já trazem melhores práticas incorporadas.
Um exemplo clássico: criar campos demais no prontuário. Na empolgação, o médico faz 50 campos obrigatórios. Resultado? Consultas intermináveis e revolta da equipe. O segredo é equilíbrio - personalize só o essencial no começo.
Seu prontuário não vive isolado. Precisa "conversar" com laboratórios, imagens, secretaria. E aqui está outro cemitério de implementações fracassadas.
Um erro comum é assumir que todas integrações são simples. Na vida real, cada laboratório tem seu padrão, cada plano de saúde exige um formato. Sistemas mais robustos como o ClínicaWork costumam ter conectores pré-prontos, mas mesmo assim exigem configuração.
Dica prática: antes de assinar qualquer contrato, liste TODOS os sistemas que precisam se integrar e exija por escrito como será feito. Não aceite "depois a gente vê".
Colega, se tem uma área onde médicos pecam é na segurança digital. E não, senha "1234" não é aceitável.
Com a LGPD, seu prontuário eletrônico é responsabilidade SUA. Alguns pontos críticos que vejo sendo negligenciados:
Um caso absurdo que acompanhei: um consultório teve o sistema invadido porque usavam o mesmo login para todos. Resultado? Multa pesada do conselho e processo de paciente.
Por mais doloroso que seja, às vezes a solução é recomeçar. Sinais de alerta:
Se for trocar, aprenda com os erros da primeira implementação. Documente tudo que não funcionou e use como checklist para avaliar o novo sistema.
Implementar prontuário eletrônico dá trabalho, mas o retorno em qualidade assistencial e redução de riscos vale a pena. O segredo está em: testar antes, treinar de verdade, personalizar com moderação e nunca negligenciar segurança. Ferramentas como o ClínicaWork podem ajudar, mas no final, o sucesso depende mais do seu planejamento do que do software em si.