-->
Colega, se tem uma coisa que a gente sabe é que escolher um sistema de prontuário eletrônico (PEP) não pode ser feito no achômetro. O CFM tem regras claras no Resolução nº 2.217/2018, e ignorá-las pode dar dor de cabeça – desde multas até problemas éticos. Vamos destrinchar o que realmente importa na hora de selecionar um sistema que não só facilite seu dia a dia, mas também te proteja juridicamente.
Primeiro, vamos ao básico: o prontuário não é só um arquivo médico, é um documento legal. O CFM estabelece que ele deve garantir:
E aqui vai um ponto que muitos ignoram: o CFM proíbe sistemas que limitem seu acesso aos próprios dados do paciente se você deixar de usar a plataforma. Ou seja, cuidado com armadilhas contratuais.
Isso aqui é o básico do básico. Um sistema sem certificação do CFM e da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) é como receitar remédio sem registro na Anvisa – pode até funcionar, mas o risco é seu. O ClínicaWork, por exemplo, tem essa certificação, o que já resolve metade dos problemas.
Pergunte como são feitos os backups (diários? em nuvem?), onde ficam armazenados (servidor no Brasil é obrigatório pela LGPD) e como você recupera tudo se precisar. Histórias de médicos que perderam anos de prontuários por falha no sistema não são lendas urbanas.
Não adianta ter um sistema lindo se sua assinatura não tem validade jurídica. O ideal é que o PEP já integre certificado digital ICP-Brasil ou, no mínimo, assinatura eletrônica qualificada. Sem isso, seu prontuário pode não valer nada numa ação judicial.
Aqui tem um equilíbrio delicado: o sistema precisa ser flexível o suficiente para sua especialidade (um dermatologista precisa de coisas diferentes de um ortopedista), mas sem fugir dos padrões do CFM. Sistemas muito engessados vão te fazer gastar horas com workarounds.
Dica prática: peça para cadastrar um paciente fictício e veja como fica o prontuário. Consegue incluir tudo o que você normalmente anotaria à mão? As telas são intuitivas ou parece que você precisa de um curso de 40 horas para fazer uma anamnese?
Além do óbvio (cadastro de pacientes, agenda, prescrição), tem features que podem te poupar horas semanais:
Muitos sistemas oferecem módulos adicionais como:
É tentador escolher o sistema mais barato, mas considere:
Um sistema como o ClínicaWork pode parecer mais caro à primeira vista, mas quando você calcula o tempo economizado e a segurança jurídica, muitas vezes vale o investimento.
Não acredite em demonstrações prontas. Peça:
E teste com casos reais: cadastre seus pacientes mais complexos, tente gerar os relatórios que você mais usa, simule uma urgência.
Perguntas-chave para o fornecedor:
Em resumo: um bom PEP deve ser como um estetoscópio – uma extensão confiável do seu trabalho, não um obstáculo. O CFM dá as diretrizes, mas no final, quem responde pelo prontuário é você, então escolha com critério.