-->
Colega, se você está pensando em implementar um prontuário eletrônico na sua clínica, já deve ter percebido que essa decisão vai muito além de simplesmente "ter um sistema digital". É uma mudança estrutural na forma como você trabalha, e se for mal planejada, pode virar um pesadelo operacional. Vamos falar sobre os pontos críticos que realmente importam na hora de escolher.
Isso aqui é fundamental. Muitos sistemas são desenvolvidos por empresas de tecnologia que não entendem nosso fluxo de trabalho. O resultado? Interfaces confusas, campos irrelevantes e processos que mais atrapalham do que ajudam.
Um exemplo que conheço bem é o ClínicaWork, que foi desenvolvido por médicos que ainda atuam na clínica. Isso faz toda diferença na usabilidade. Quando o sistema é feito por quem entende de verdade como uma consulta flui, desde a anamnese até a prescrição, a adaptação é muito mais natural.
Aqui tem um equilíbrio delicado. De um lado, você não quer um sistema engessado que force você a trabalhar de um jeito que não faz sentido para sua especialidade. De outro, muita customização pode virar uma bagunça.
O ideal é um sistema que permita ajustes inteligentes. Por exemplo, templates de prontuário que podem ser adaptados para diferentes especialidades, mas mantendo uma estrutura básica consistente. Isso é especialmente importante se sua clínica tem múltiplas especialidades.
Nenhum prontuário eletrônico é uma ilha. Ele precisa conversar com:
Se o sistema não tiver APIs robustas ou integrações pré-construídas, você vai acabar com dados fragmentados e processos manuais - exatamente o que queremos evitar ao migrar para o digital.
Isso aqui não é negociável. Seu sistema precisa ter:
E não adianta só o fornecedor dizer que tem. Peça para ver os certificados, os relatórios de auditoria. Um vazamento de dados pode destruir sua reputação em minutos.
"Funciona no celular" é diferente de "foi feito para o celular". Muitos sistemas têm uma versão mobile que é uma versão pobre da desktop. Na prática clínica, você precisa de um sistema que:
Porque vamos combinar: quantas vezes você precisa checar algo rápido entre consultas, ou fazer um registro na sala de espera?
Quando você ligar para o suporte com uma dúvida sobre fluxo de trabalho ou regulamentação médica, o atendente precisa entender do assunto. Não adianta ter um suporte técnico excelente se eles não sabem como uma clínica funciona.
Pergunte sobre:
O preço da licença é só o começo. Considere:
Um sistema barato que exige três funcionários extras para operar pode sair mais caro que uma solução mais completa.
O prontuário não é só para você. Ele impacta diretamente como seu paciente interage com a clínica. Pense em:
Isso não é luxo - é o que os pacientes já esperam hoje em dia.
Sua clínica vai crescer. O sistema precisa crescer com ela. Pergunte sobre:
Migrar de sistema depois que você já tem anos de dados acumulados é um inferno que você quer evitar.
Não compre um sistema só com base em demonstrações. Insista em:
Em resumo, escolher um prontuário eletrônico é uma decisão estratégica que vai impactar seu trabalho pelos próximos anos. Não tenha pressa, faça os testes necessários e priorize sistemas desenvolvidos por quem entende do dia a dia da clínica.