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Colega, se tem uma coisa que me tira o sono é ver médico perdendo o CRM por causa de prontuário eletrônico mal implementado. Não é brincadeira. O CFM tá pegando pesado com as fiscalizações, e se seu sistema não estiver dentro das normas, você pode se complicar feio. Vou te falar o que realmente importa na hora de escolher um PE.
Primeiro, o óbvio que muita gente ignora: o sistema tem que ser certificado pela SBIS. Isso não é opcional. Se o software não tiver o selo, já pode descartar na hora. Mas atenção: certificação não é garantia de que o sistema é bom, só que atende aos requisitos mínimos.
Outro ponto crucial é a guarda dos dados. O prontuário tem que ficar armazenado no Brasil, de preferência com backup diário. E aqui vai um detalhe que pega muita gente: você é responsável pelos dados mesmo que use um sistema em nuvem. Se der merda, o CRM vai atrás de você, não do fornecedor.
Vou te contar um caso real que aconteceu com um colega: ele usava um sistema que permitia editar qualquer informação do prontuário sem deixar rastro. Parece ótimo, né? Só que na hora que o CFM pediu os registros, ele se ferrou porque não tinha como provar a autenticidade dos documentos.
Um PE decente tem que:
O ClínicaWork, por exemplo, faz tudo isso automaticamente. Você nem precisa pensar, o sistema já nasce dentro das normas.
Outra furada comum é pegar sistema que não conversa com nada. Você vai querer integrar com laboratório, imagens, receituário... Se tiver que ficar copiando e colando dados manualmente, além de perder tempo, aumenta o risco de erro.
Olha só o que é essencial:
Aqui tem um dilema: sistema muito seguro pode ser chato de usar, e sistema muito prático pode ser inseguro. O segredo é achar o equilíbrio.
Por experiência própria, te digo: não caia na tentação de sistemas "simplificados" que pulam etapas importantes do registro. Pode parecer bom hoje, mas quando precisar comprovar seu trabalho, vai faltar informação.
O ideal é um sistema como o ClínicaWork, que consegue ser intuitivo sem abrir mão dos requisitos legais. Eles têm uns templates inteligentes que aceleram o preenchimento sem comprometer a integridade dos dados.
Isso aqui é crucial: quando (não se, mas quando) der problema, você precisa de suporte rápido. Pergunte sempre:
Não adianta ter o melhor sistema se na hora do aperto você fica na mão. Já vi caso de médico que perdeu consulta inteira porque o sistema caiu e ninguém atendia o suporte.
Vou ser franco: sistema barato demais é red flag. Desenvolver um PE dentro das normas custa caro. Se o preço tá muito abaixo do mercado, desconfie.
Mas também não precisa gastar fortunas. O importante é entender o que está incluído:
Em resumo: não escolha pelo preço, escolha pela conformidade. Um processo no CFM vai custar muito mais que a diferença entre um sistema meia-boca e um decente.
Não compre gato por lebre. Peça sempre:
E teste de verdade, não só dar uma olhada. Cadastre pacientes fictícios, simule consultas, gere recibos, tente editar registros... Só assim você vai sentir se o sistema atende suas necessidades reais.
Colega, no final das contas, prontuário eletrônico é como instrumental cirúrgico: tem que ser da melhor qualidade possível, porque sua carreira depende disso. Não dá para economizar no que pode te custar o CRM.