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Colegas, vamos conversar sobre um assunto que muitos de nós subestimamos até o dia em que dá merda: a segurança dos dados dos nossos pacientes. Não adianta, a medicina moderna é digital, e se você ainda acha que um caderninho e um arquivo físico são suficientes, é melhor acordar antes que um vazamento te coloque na berlinda.
Parece exagero, mas não é. Dados médicos valem mais que números de cartão de crédito no mercado negro. Pense bem: um prontuário tem nome completo, endereço, CPF, plano de saúde, histórico de doenças, exames... É o pacote completo para fraudes, chantagens e até golpes direcionados. E o pior? Muitos consultórios são alvos fáceis – sistemas desatualizados, senhas fracas, nenhum protocolo de segurança.
Já vi caso de colega que teve o sistema invadido e os criminosos ameaçaram vazar diagnósticos de HIV de pacientes. O desespero foi tanto que ele pagou resgate, o que obviamente não resolveu nada. A conta veio depois: processo do CRM, multa pesada da LGPD e perda de pacientes.
Não precisa virar um expert em TI, mas algumas medidas básicas fazem diferença enorme:
Muitos colegas reclamam da LGPD como se fosse apenas mais uma encheção de saco burocrática. Mas a verdade é que a lei veio para proteger pacientes E médicos. Um vazamento pode custar até 2% do seu faturamento em multas (com teto de 50 milhões por incidente). Fora o dano moral e à reputação.
Um exemplo prático: se você manda exames por WhatsApp sem criptografia, já está violando a LGPD. Simples assim. Sistemas especializados como o ClínicaWork oferecem formas seguras de compartilhar informações com pacientes e outros profissionais.
Quando for avaliar um software médico, faça essas perguntas básicas:
O ClínicaWork, por exemplo, tem certificações como ISO 27001, que é padrão ouro em segurança da informação. Mas não importa qual sistema você use - o importante é que ele atenda esses critérios básicos.
Nem sempre a ameaça é externa. Ex-funcionários descontentes, colaboradores atuais com acesso indevido... Já vi caso de recepcionista que vazou prontuários de celebridades para tablóides. Por isso:
- Controle rigoroso de acessos (cada funcionário só vê o necessário)- Senhas individuais (nada de senha compartilhada como "consultorio")- Registro de tudo que é acessado e por quem
Não precisa esperar para começar a se proteger:
Em resumo: segurança digital não é mais opcional na medicina. É parte do nosso dever de cuidar dos pacientes tão importante quanto o estetoscópio e o receituário. E acredite, um dia você vai agradecer por ter levado isso a sério.