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Colega, vamos conversar sobre um assunto que muitos de nós negligencia até dar merda: backup de dados na clínica. Aquele papo de "ah, mas tá tudo na nuvem" não cola mais. Se você acha que só porque seus prontuários estão em algum servidor online você está 100% seguro, prepare-se para uma dose de realidade.
Eu vejo muitos médicos migrando pra sistemas como o ClínicaWork e achando que o problema do backup está resolvido. Sim, a nuvem é segura, mas não é infalível. Já vi caso de clínica que perdeu acesso por dias porque o provedor de internet caiu e eles não tinham um plano B. Imagina ficar sem acessar prontuários, agendamentos, receitas?
E não é só isso. Roubo de dados, falhas nos servidores da própria plataforma, problemas na sincronização... A nuvem é ótima, mas não pode ser sua única estratégia. Na medicina, dados perdidos podem significar desde prejuízos financeiros até riscos reais para os pacientes.
Depois de tomar um susto com uma falha de sistema há alguns anos, adotei o que os especialistas em TI chamam de estratégia 3-2-1. Funciona assim:
No ClínicaWork, por exemplo, você pode configurar backups automáticos locais enquanto usa a nuvem como principal. Assim, mesmo que um falhe, você tem alternativas.
Não adianta só salvar os prontuários e achar que resolveu. Na minha clínica, garantimos backup de:
E aqui vai uma dica: teste regularmente a recuperação dos backups. De nada adianta achar que está tudo seguro e na hora H descobrir que o arquivo está corrompido.
Te conto um caso real que aconteceu com um colega: durante uma atualização do sistema na nuvem, houve um erro e os dados dos últimos 3 meses simplesmente sumiram. Como ele mantinha backups locais diários, conseguiu recuperar quase tudo. Sem isso, teria que refazer manualmente centenas de prontuários.
Outra situação comum é quando você precisa acessar um prontuário antigo e a internet está lenta ou indisponível. Com um backup local indexado, a consulta é instantânea.
Nem tudo precisa ser complexo. Algumas soluções que uso:
Aqui o bicho pega, colega. A lei é clara: você é responsável pelos dados dos seus pacientes, não importa onde estejam armazenados. Se você só tem os dados na nuvem e acontece um vazamento, o problema é seu, não do provedor.
Manter backups locais seguros (criptografados, com controle de acesso) pode ser sua salvação em caso de auditoria. No meu consultório, os backups físicos ficam em cofre e só eu e meu sócio temos acesso.
Muitos sistemas oferecem histórico de versões na nuvem, mas quase todos têm limite temporal. No ClínicaWork, por padrão são mantidos 30 dias de histórico - depois disso, se você não tiver seu próprio backup, os dados antigos podem ser perdidos.
Para prontuários médicos, que precisam ser mantidos por anos, isso é um problema sério. Minha solução? Backup local mensal completo + backups incrementais diários.
Vamos fazer as contas:
Investir em um sistema de backup robusto custa uma fração disso. Um HD externo de boa qualidade sai por menos de R$ 500. Um NAS médico profissional fica em torno de R$ 3.000. Barato perto do prejuízo potencial.
Em resumo: a nuvem é ótima, mas não pode ser sua única opção. Na medicina, dados são tão importantes quanto seus instrumentos cirúrgicos - você não deixaria seu melhor bisturi dependendo de um único fornecedor, não é?
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