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Colega, vamos falar de um assunto que muitos vendedores de sistemas médicos distorcem para vender soluções mirabolantes: o backup em nuvem. O CFM tem regras claras, mas que são frequentemente mal interpretadas – ou pior, ignoradas propositalmente por quem quer empurrar serviços desnecessários.
Primeiro, vamos direto ao Resolução CFM nº 2.217/2018, que regulamenta o prontuário eletrônico. O artigo 5º é bem específico: os dados devem ser armazenados por no mínimo 20 anos, com garantia de integridade, autenticidade e confidencialidade. Mas atenção: não há exigência expressa de cloud computing.
O que muitos vendedores não contam é que você pode cumprir essa exigência com:
Mentira deslavada. O CFM exige segurança e disponibilidade dos dados, não especifica tecnologia. Um sistema como o ClínicaWork, por exemplo, oferece opções flexíveis de backup que atendem ao CFM sem obrigatoriedade de nuvem.
Meia verdade. A nuvem ajuda, mas não é panaceia. Um backup local desconectado da rede (air-gapped) pode ser tão seguro quanto. O importante são os protocolos, não apenas o local.
Cuidado com essa. A nuvem tem custos recorrentes que, em 20 anos, podem superar em muito soluções locais. Faça as contas considerando a longevidade exigida pelo CFM.
Independente de ser nuvem ou local, seu sistema de backup precisa garantir:
Um detalhe que poucos consideram: o CFM exige que os dados permaneçam legíveis mesmo se você mudar de sistema. Isso significa que seu backup não pode ficar refém de formatos proprietários.
Não estou dizendo que a nuvem é ruim. Para muitas clínicas, pode ser a melhor opção. Mas precisa ser implementada direito:
Um sistema como o ClínicaWork, por exemplo, oferece nuvem como opção, não como imposição. Isso é importante porque permite adequação à realidade de cada consultório.
Além da mensalidade óbvia, pergunte sobre:
Já vi caso de clínica que pagou R$15.000 para recuperar 10 anos de prontuários ao trocar de sistema. Isso deveria estar claro desde o início.
Para a maioria dos consultórios pequenos, um esquema híbrido funciona melhor:
Teste mensalmente a restauração. Um backup que não restaura é pior que nenhum backup.
Em resumo: o CFM quer garantia de preservação e segurança dos dados, não especifica tecnologia. Escolha a solução que melhor se adapta à sua realidade operacional e financeira, sempre priorizando a capacidade de recuperação em caso de desastre.