Backup em Nuvem para Médicos: O que o CFM Exige (e os Riscos que os Vendedores Não Contam)

Backup em Nuvem para Médicos: O que o CFM Realmente Exige (e o que os Vendedores Escondem)

Colega, vamos falar de um assunto que muitos vendedores de sistemas médicos distorcem para vender soluções mirabolantes: o backup em nuvem. O CFM tem regras claras, mas que são frequentemente mal interpretadas – ou pior, ignoradas propositalmente por quem quer empurrar serviços desnecessários.

O que o CFM realmente diz sobre armazenamento de prontuários

Primeiro, vamos direto ao Resolução CFM nº 2.217/2018, que regulamenta o prontuário eletrônico. O artigo 5º é bem específico: os dados devem ser armazenados por no mínimo 20 anos, com garantia de integridade, autenticidade e confidencialidade. Mas atenção: não há exigência expressa de cloud computing.

O que muitos vendedores não contam é que você pode cumprir essa exigência com:

  • Armazenamento local (desde que com redundância)
  • Backups físicos em HDs externos
  • Soluções híbridas (local + nuvem)

Os 3 mitos mais vendidos sobre backup médico na nuvem

1. "O CFM exige backup em nuvem"

Mentira deslavada. O CFM exige segurança e disponibilidade dos dados, não especifica tecnologia. Um sistema como o ClínicaWork, por exemplo, oferece opções flexíveis de backup que atendem ao CFM sem obrigatoriedade de nuvem.

2. "Só a nuvem garante segurança contra ransomware"

Meia verdade. A nuvem ajuda, mas não é panaceia. Um backup local desconectado da rede (air-gapped) pode ser tão seguro quanto. O importante são os protocolos, não apenas o local.

3. "Você economiza com nuvem"

Cuidado com essa. A nuvem tem custos recorrentes que, em 20 anos, podem superar em muito soluções locais. Faça as contas considerando a longevidade exigida pelo CFM.

O que realmente importa na escolha do backup médico

Independente de ser nuvem ou local, seu sistema de backup precisa garantir:

  1. Criptografia ponta-a-ponta (o CFM é claro sobre isso no artigo 5º, §1º)
  2. Redundância - no mínimo duas cópias em locais distintos
  3. Integridade dos dados - checksums e validação periódica
  4. Tempo de recuperação - teste regularmente a restauração
  5. Registro de acesso - quem acessou o quê e quando

Um detalhe que poucos consideram: o CFM exige que os dados permaneçam legíveis mesmo se você mudar de sistema. Isso significa que seu backup não pode ficar refém de formatos proprietários.

Nuvem sim, mas com critério

Não estou dizendo que a nuvem é ruim. Para muitas clínicas, pode ser a melhor opção. Mas precisa ser implementada direito:

  • Servidores devem estar no Brasil (LGPD)
  • Contrato claro sobre propriedade dos dados
  • Garantia de portabilidade (não adianta ter backup se não consegue migrar depois)
  • SLA (Service Level Agreement) definindo disponibilidade

Um sistema como o ClínicaWork, por exemplo, oferece nuvem como opção, não como imposição. Isso é importante porque permite adequação à realidade de cada consultório.

O que os vendedores escondem sobre custos

Além da mensalidade óbvia, pergunte sobre:

  • Custo para recuperar grandes volumes de dados (alguns cobram por GB restaurado)
  • Taxa de saída caso queira migrar
  • Atualizações de valor contratual
  • Custo por usuário adicional

Já vi caso de clínica que pagou R$15.000 para recuperar 10 anos de prontuários ao trocar de sistema. Isso deveria estar claro desde o início.

Minha recomendação prática

Para a maioria dos consultórios pequenos, um esquema híbrido funciona melhor:

  1. Backup automático local em NAS ou HD externo
  2. Cópia semanal na nuvem (apenas dos dados essenciais)
  3. Backup físico anual em mídia durável (ex: Blu-ray M-Disc)

Teste mensalmente a restauração. Um backup que não restaura é pior que nenhum backup.

Em resumo: o CFM quer garantia de preservação e segurança dos dados, não especifica tecnologia. Escolha a solução que melhor se adapta à sua realidade operacional e financeira, sempre priorizando a capacidade de recuperação em caso de desastre.

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